O Papilomavírus Humano (HPV) é transmitido sexualmente. O principal sintoma dessa infecção é o aparecimento de verrugas genitais. Elas acometem o pênis, escroto e ânus. No entanto, na maior parte dos casos, essas lesões são muito pequenas e não podem ser vistas a olho nu.
Por isso, fazer o acompanhamento com o médico urologista é tão importante. Este profissional poderá realizar exames específicos para a identificação do vírus, como a peniscopia.
Além disso, caso o HPV tenha sido transmitido através do sexo oral, as verrugas também podem acometer a boca e a garganta, por exemplo.
Abaixo, você vai entender melhor os sintomas do vírus nos homens.
Ausência de sintomas
Como falamos, o fato do paciente não conseguir visualizar as verrugas não significa que ele não tenha HPV. Muitas vezes, essas lesões são microscópicas e só podem ser vistas em exames específicos.
Outra questão importante é que existem casos de pessoas que possuem o HPV de forma assintomática. Por isso, o uso de preservativos é recomendado em todas as relações sexuais. Dessa forma, você pode reduzir o risco de passar o HPV para outra pessoa sem saber.
Principais sintomas de HPV
Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV. E cerca de 40 deles podem infectar o trato genital e região anal.
Pelo menos 13 tipos de HPV são considerados oncogênicos, com maior risco de provocar infecções persistentes e estar associados a lesões precursoras.
Como vimos, as verrugas genitais são o principal sintoma da infecção. Geralmente, elas estão associadas aos tipos menos graves de HPV.
Alguns tipos de HPV mais agressivos não provocam o aparecimento de verrugas genitais, mas aumentam as chances de desenvolver alguns tipos de câncer em homens, como:
Câncer de cabeça e pescoço.
Câncer de pênis.
Câncer de ânus.
O que fazer?
Caso você tenha experimentado relações sexuais sem preservativos ou desconfie de algum sintoma de HPV, a primeira coisa a ser feita é procurar um médico urologista.
Na consulta, além de conversar sobre todo o seu histórico de saúde e hábitos de vida, este profissional irá lhe avaliar detalhadamente. Além disso, caso necessário, poderá solicitar exames específicos.
Já os pacientes diagnosticados com HPV poderão ser encaminhados para a melhor forma de tratamento. Tudo isso de forma individualizada.
Vale ressaltar que a consulta com o médico urologista não é importante apenas para a prevenção e tratamento do HPV. Ela é fundamental para a saúde do homem como um todo.
Em geral, o atendimento periódico é recomendado a partir dos 40 anos de idade. Especialmente para a realização dos exames de detecção do câncer de próstata. Nessa ocasião, o especialista também poderá realizar uma série de outras avaliações de saúde.
Tratamento para o HPV
Não existe cura para o HPV. Uma vez infectado, o paciente convive com o vírus pelo resto da vida. O que existe são tratamentos para reduzir os sintomas da infecção. Em especial, as verrugas genitais, que podem ser bastante constrangedoras.
E, dependendo do caso, o tratamento das verrugas genitais pode ser necessário mais de uma vez.
As formas comuns de tratamento para as verrugas genitais envolvem:
Tratamento químico: realizado com a aplicação tópica de substâncias ácidas sobre as verrugas genitais. Além de ser mais demorado, esse tipo de tratamento pode gerar incômodos, como dor local e irritação.
Eletrocauterização: técnica na qual as verrugas genitais são cauterizadas através do calor gerado por um dispositivo elétrico. Esse procedimento exige anestesia e, dependendo da extensão das lesões, pode gerar incômodos.
No entanto, existe uma forma moderna, eficaz, rápida e indolor de tratamento para as verrugas genitais: A CRIOTERAPIA.
A Crioterapia é o tratamento mais prático, realizado em consultório. Ela consiste na aplicação de vapor de nitrogênio que literalmente “congela” as verrugas. Possui como vantagens não deixar cicatrizes e não necessitar de anestesia por ser um método indolor.
Prevenção ao HPV
Por não ter cura e poder levar ao câncer, a prevenção é a melhor forma de lidar com o HPV. Felizmente, existem vacinas contra esse problema.
As vacinas contra o HPV têm como objetivo evitar as infecções contra alguns dos principais subtipos de papilomavírus. Hoje, elas podem ser encontradas em dois tipos:
Quadrivalente: previne contra verrugas genitais e lesões pré-cancerosas relacionadas ao HPV 6, 11, 16 e 18 em homens e mulheres.
Bivalente: previne contra lesões genitais pré-cancerosas relacionados ao HPV 16 e 18.
No Sistema Único de Saúde (SUS), a campanha de vacinação contra o HPV é realizada em duas doses e direcionada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.
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