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Reversão de vasectomia: é possível?

Como é realizada a vasectomia?

Para entender a cirurgia de reversão da vasectomia, é importante lembrar como a vasectomia é realizada.

De forma geral, para a realização da vasectomia, o médico aplica a anestesia e faz pequenas incisões nas laterais da bolsa testicular. Assim, é possível ter acesso aos canais que conduzem os espermatozóides, chamados ductos deferentes.

Uma vez localizado o ducto deferente, o médico realiza a sua secção, associado à ligadura e eversão dos cotos.

Ou seja: os médicos fazem um corte nos canais por onde os espermatozóides deveriam passar. Eles continuam a ser produzidos pelos testículos, mas não são mais eliminados na ejaculação.

Como é realizada a reversão da vasectomia?

Antes de fazer a reversão da vasectomia, o médico urologista responsável faz uma avaliação completa do paciente (avaliação urológica). São solicitados também os exames pré-operatórios específicos necessários.

Com todas essas informações em mãos, é possível estimar a taxa de sucesso do procedimento. Essa taxa pode variar de acordo com as características de cada paciente, mas está principalmente associada ao tempo decorrido entre a realização da vasectomia e o procedimento de reversão.

Já a cirurgia de reversão da vasectomia consiste basicamente na religação (anastomose) dos canais que conduzem os espermatozóides (ductos deferentes). Os mesmos que foram seccionados durante a vasectomia.

No entanto, como esses ductos deferentes são muito pequenos, é necessário um trabalho minucioso. Na cirurgia de reversão de vasectomia, os médicos utilizam técnica microcirúrgica, semelhante a utilizada na reconstrução de tecidos em queimaduras e acidentes graves, por exemplo.

A reconstrução dos ductos deferentes é feita com o auxílio de um microscópio e de fios da espessura aproximada de um fio de cabelo. O procedimento é delicado e longo. Costuma durar até 4 horas.

Sucesso da cirurgia

Mesmo com o cuidado e expertise dos médicos, a taxa de sucesso da vasectomia pode variar de acordo com alguns fatores. Entre os principais, podemos citar:

  • Há quanto tempo a vasectomia foi realizada: para melhores resultados, o ideal é que a vasectomia tenha sido realizada há menos de 10 anos da reversão da vasectomia. No entanto, em alguns casos, é possível reverter com sucesso cirurgias feitas há muito mais tempo.

  • Técnica com que a vasectomia foi realizada: quanto menos “danos” provocados pela vasectomia aos ductos deferentes, maiores as chances de sucesso para a reversão da vasectomia.

  • Nível de produção de espermatozoides pelo testículo: geralmente mantida em níveis normais pelo paciente mesmo após a vasectomia.

  • Idade da parceira: sabe-se que a fertilidade das mulheres cai após os 30 anos e se reduz de maneira muito expressiva após os 37 anos. Isso por conta da menor disponibilidade de óvulos e de questões hormonais associadas a este fator..

Lembre-se: tanto a vasectomia quanto a reversão da vasectomia são decisões importantes e nem sempre fáceis de serem tomadas. O ideal é realizar a cirurgia com um Médico Urologista experiente e qualificado, que possa ajudá-lo nesse processo, e que tenha resultados comprovados.




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