Doença de Peyronie

A Doença de Peyronie ou tortuosidade peniana adquirida é uma condição caracterizada pela formação de tecido cicatricial fibroso no interior do pênis, que pode resultar em curvatura, dor, ereções irregulares e, em alguns casos, dificuldade em ter relações sexuais. O que acontece é que esta fibrose na túnica albugínea leva a perda de elasticidade nesta região e por consequência, quando em momento de ereção, o pênis acaba entortando para o lado onde há esta placa fibrosa com menor capacidade de distensão.

Quais os principais sintomas da Doença de Peyronie?

Curvatura peniana: A formação de tecido de fibrose pode causar uma curvatura anormal do pênis durante a ereção. A intensidade da tortuosidade pode variar dependendo da rígidez da placa, do seu tamanho e também dependendo da qualidade da ereção do paciente. A direção da tortuosidade também irá depender do local da fibrose.

Dor: Algumas pessoas com a Doença de Peyronie podem sentir dor durante a ereção.

Ereções irregulares: A presença das placas fibrosas pode resultar em ereções irregulares, com áreas do pênis ficando mais rígidas do que outras.

Dificuldade nas relações sexuais: A intensidade da curvatura e a dor podem tornar as relações sexuais desconfortáveis ou difíceis.

As causas exatas da Doença de Peyronie não são completamente compreendidas, mas ela é frequentemente associada a pequenos traumas repetidos ou lesões no pênis, que podem ocorrer durante o ato sexual ou de outras formas. 

O doppler peniano é frequentemente utilizado como uma ferramenta de diagnóstica para avaliar a presença e a extensão da Doença de Peyronie e também para avaliar se há comprometimento no fluxo sanguíneo para o pênis. 

Quais as opções de tratamento para a Doença de Peyronie? 

Medicamentos: Alguns medicamentos podem ser prescritos para ajudar a reduzir a formação de placas fibrosas e aliviar a dor. Alguns exemplos de medicamentos incluem vitamina E, colchicina.

Terapia de ondas de choque: A terapia de ondas de choque de baixa intensidade pode ser usada para quebrar as placas de tecido cicatricial e fibrose. 

O tratamento cirúrgico é considerado uma opção para tratar a Doença de Peyronie quando os sintomas são graves, interferem na função sexual ou quando outras abordagens não cirúrgicas não foram eficazes. Existem várias técnicas cirúrgicas disponíveis para tratar a curvatura peniana e as placas de tecido cicatricial associadas à doença. Algumas das opções cirúrgicas incluem:

Cirurgia de incisão e enxerto: Nesse procedimento, as placas de tecido cicatricial são removidas e o pênis é reconstruído usando enxertos de materiais biocompatíveis. Essa abordagem visa corrigir a curvatura e restaurar a função erétil.

Ilustração do tratamento cirúrgico para doença de Peyronie com uso de enxerto

Cirurgia de plicatura: Nessa técnica, o pênis é encurtado no lado oposto à curvatura, criando um equilíbrio para endireitá-lo. Isso é feito através de pontos cirúrgicos para encurtar o lado mais longo do pênis.

Ilustração do tratamento cirúrgico para Doença de Peyronie com uso de plicatura

Implantes de prótese peniana: As próteses penianas podem ser uma opção eficaz para homens que sofrem de Doença de Peyronie com curvatura significativa que afeta gravemente a função sexual e a qualidade de vida. 

Ilustração de prótese peniana maleável

Próteses penianas maleáveis: Essas próteses consistem em hastes maleáveis que são implantadas nos corpos cavernosos do pênis. O pênis permanece dobrado para baixo quando não está em uso e pode ser endireitado manualmente quando o paciente deseja ter uma ereção.

Ilustração de prótese peniana inflável Próteses penianas infláveis: As próteses infláveis são mais complexas e geralmente oferecem maior naturalidade ao paciente. Elas consistem em cilindros implantados nos corpos cavernosos e uma bomba que é colocada dentro do escroto. Quando o paciente deseja ter uma ereção, ele aperta a bomba manualmente para transferir líquido do reservatório para os cilindros no pênis. Isso faz com que o pênis fique ereto. Para voltar ao estado flácido, o líquido é liberado de volta ao reservatório retornando o pênis ao estado flácido.